terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Um ano que acaba e outro que aí vem...

Ainda parece que foi ontem que estávamos a passar o ano de 2013... Pois é! Mas 2014 passou a voar... e estamos quase com um pé em 2015! E como foi o nosso 2014? No geral, bom! Tenho tendência a ser grata pelas coisas... gosto de comemorar os meus anos só porque significa que foi mais um ano que passei, que vivi, que cresci, que aprendi... Não sou uma pessoa optimista, longe disso... mas gosto de agradecer por aquilo que a vida me dá... 2014 foi um ano cheio de desafios, com muito cansaço, com muitas alegrias, algumas tristezas... mas foi um bom ano! Em 2014 vi os meus filhos crescerem, vi a M. fazer 3 aninhos, vi o T. ser batizado e fazer 1 ano. Vi a M. a crescer uma criança feliz, a ser uma grande companheira, a tirar por completo as fraldas, a comer verdadeiramente sozinha, a adorar o irmão, a ganhar independência, a ser rebelde... Vi o T. começar a andar, a venerar a irmã, a rir-se sempre que ela passa por ele, vi o T. comer a primeira sopa, a primeira papa, a ir pela primeira vez à praia... Em 2014 fomos de férias os 4! E eles nadaram no mar, na piscina, andámos 2 semanas sem horários nem grandes regras porque as férias são mesmo assim... 2014 foi um ano bom! Um ano que agora acaba mas que deixa muitas memórias... Foi o ano do 50º aniversário do avô E. e o ano em que fomos a Paris. Só os dois! Foi o ano em que deixámos os nossos meninos com os avós durante 4 dias... Foi o ano em que a M. viveu mais intensamente o Natal e em que a nossa casa se encheu de cor-de-rosa... e depois de azul... Foi um ano de alguns desafios... e de muita gestão... Mas 2015 está a chegar... e temos de nos preparar para ele, que não vai começar fácil... Mas cá estaremos cheios de força e de coragem para o enfrentar! A vocês... um Feliz 2015 e que seja pelo menos igual a 2014... já não é mau! Bom 2015 a todos e até para o ano!!!

O nosso Natal

Como é que aqueles dois dias passam tão depressa?? Como é possível?? É assim que me sinto... Este ano parece que ainda está mais acentuado esse sentimento! Talvez por ter passado tanto tempo a preparar o Natal e os presentes e tudo... Correu muito bem o nosso Natal, foi muito bom mas passou a correr... No dia 24 fomos a casa da minha mãe e passamos lá a noite... Muitas prendinhas, muitos carrinhos, muitas Minies, muita roupa e muita excitação da M. Adorou a noite de Natal... estava tão eufórica que nem quis dormir mas assim que a sentámos na cadeira do carro adormeceu que nem um anjinho... Já o T. dormiu praticamente toda a noite (a seguir ao jantar adormeceu e acordou quase no fim das prendas) mas também estava feliz. O jantar foi o tradicional bacalhau com todos e empadão de carne para os menos adeptos do prato típico do Natal. Eu levei um folhado de camembert com doce de framboesa e fizemos um cocktail de camarão para entrada! Depois do jantar, tivemos o tradicional (para nós, claro) "doce do Natal" feito pela tia M. H. e que estava, como sempre, uma delícia. Chamamos-lhe doce de Natal porque lhe dá tanto trabalho a fazer que ela só o faz mesmo para a noite de Natal!!! Tinha levado o meu já habitual gelado de Oreo e a minha mãe fez a mousse de chocolate que eu tanto adoro! Por isso, mesa cheia... Depois dos doces lá abrimos os presentes. Foi o avô E. que distribuiu e a M. ajudou-o. Bem, este ano ficou ele com os louros de todas as prendas, porque ela só dizia: Obrigada, avô!, em cada embrulho que abria... Receberam imensa roupa, casacos quentinhos, livros, jogos, motas... E muitas Minies... Ora pijama da Minie, ora escova de cabelo da Minie, ora escova de dentes da Minie, ora sacos da Minie, ora camisolas da Minie, ora jogos da Minie, ora a mota da Minie, ora o computador da Minie, ora a caravana da Minie, ora a Minie com os vestidos, laços e sapatos... Enfim! Posso dizer-vos que foi toda uma explosão de Minie... O T. recebeu montes de carrinhos e garagens, e jogos de encaixe e um cortador de relva e uma carpintaria e... sei lá!! A M. ainda recebeu um supermercado com direito a carrinho de compras e tudo. De maneira que agora anda pela casa a fazer compras e a pagar, que ela é uma miúda muito certinha com as contas... E muitos mais presentes... A noite acabou às 3 e tal da manhã... No dia seguinte lá fomos para casa dos avós F. e R. para mais um almoço em família. O primo A. também estava e é sempre giro passar uma parte do Natal com os primos... Almoçámos e foi Natal outra vez. Muitos embrulhos, e mais coisas da Minie e mais roupa... e mais excitação da M. Mais uma vez o T. dormia por isso ainda não ligou muito ao Natal, este ano. Já ligou, isso sim, aos brinquedos novos que se espalham pela casa... À noite os avós A. e J. foram lá jantar juntamente com os tios... Mais risada, mais comida, mais embrulhos... e a M. continuava delirante... Posso dizer-vos que os nossos presentes este ano foram todos feitos em casa (com a exceção das crianças) e fizeram um SUCESSO! Ainda no dia 26 tivemos tempo de almoçar com os primos de Espanha que vieram passar o Natal este ano... Foi tão giro ver os miúdos todos juntos!!! A M. fartou-se de brincar e de correr no parque com os primos G. e D. Voltámos a casa e aproveitámos o resto do fim-de-semana para trocar o que não servia e dar um saltinho aos saldos! Conclusão, as férias acabaram, o Natal já lá vai e não descansei quase nada! Mas pronto, tenho o coração cheio e feliz por ter passado mais uma quadra natalícia em família... Agora, é preparar o ano novo e a despedida do velho...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Quase de férias

E tanto que eu preciso de férias... Estou a contar os dias, preciso de dormir, de descansar, de orientar as coisas do Natal e de estar comigo... A próxima semana estarei de férias. A M. e o T. vão à escola na 2ª e na 3ª mas depois ficam comigo o fim-de-semana XXL. Bem preciso destas férias, bem preciso de descansar e de estar sozinha um bocado... Sempre gostei de passar algum tempo sozinha, e desde que fui mãe que esses momentos são cada vez mais raros... Acho importante uma pessoa passar tempo consigo própria, porque andamos sempre a correr no nosso dia-a-dia que nem damos pelo tempo passar. E ele passa. Não, ele voa!! Desde que a M. nasceu que o simples facto de tomar um duche mais demorado é um autêntico carnaval lá em casa... A menos que eles estejam a dormir (e nessas alturas o banho não pode ser muito demorado para não me atrasar...) estou sempre a ouvir um "Mãeeeeeee" ou alguém a chorar ou alguém a entrar na casa de banho a perguntar o que quer que seja... Por isso, para a semana estarei 2 dias sozinha, eles irão para a escola porque eu preciso mesmo de recuperar algum do tempo perdido... Porque eu preciso mesmo de dormir... Preciso de não ter horários e de me deitar no sofá a tarde toda só porque sim, se me apetecer... E depois de decidir isto tudo sinto-me a pior mãe do mundo e penso: "Bolas, estás de férias, devias era aproveitar esses dias para estares com os teus filhos...". E depois penso outra vez que isto é o que me vai tornar numa mãe melhor... preciso de descansar e de estar comigo, para me encontrar, para conversar comigo (sim, faço isso muitas vezes... e olhem que me dou muitos conselhos muito bons!!!) e para ter a tranquilidade necessária para ser uma melhor mãe para os meus filhos, mais paciente, mais tolerante, com mais tempo e disponibilidade... Preciso disto tudo e preciso de fazer a retrospectiva ao ano que passou... mas sobre isso falo noutro post!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O nosso Natal

Tenho uma família grande. Ora, família grande implica confusão, barulho, muita gente e... muitos "Natais"! Desde que me lembro, que gosto de comemorar e de viver o Natal. Adoro as luzes, a reunião de família, oferecer presentes... Adoro! Quando era pequena, os meus pais fizeram-me acreditar no Pai Natal. Eu e o meu primo E. ficávamos no quarto, à meia-noite, a ouvir o Pai Natal entrar em casa e deixar os nossos presentes na árvore. Acreditava mesmo naquilo. Eles ajudavam, claro. A campainha tocava mesmo, eu ouvia os "Ho-ho-ho" e depois os embrulhos tomavam conta da árvore... No Natal em que tinha 6 anos e já andava na escola primária, tive um colega que disse, no dia de Reis, que não havia Pai Natal e que era uma mentira criada pelos adultos. Fiquei muito triste mas não quis dar parte de fraca na escola. Assim que cheguei a casa, lavei-me em lágrimas. Lembro-me disto perfeitamente... A minha mãe explicou-me que o menino tinha razão mas que o espírito do Natal se mantinha intacto. Disse-lhe prontamente que tínhamos de manter o Pai Natal para o primo E. E assim fizemos. No ano seguinte escondi-me com ele no quarto e, mesmo sabendo que nada do que se passava do lado de fora era verdade, continuei a "mentira". Fui crescendo mas o Natal continuou a ter uma magia especial. Sempre vivi mais do que um Natal por causa da separação dos meus pais, mas isso ainda me fez gostar mais e mais das festas natalícias... Entretanto casei e tive de me adaptar a novas tradições, com a família do N. Nem sempre a logística é fácil, mas com boa vontade tudo é possível! Agora o Natal tem ainda um sabor mais especial, mais mágico... A M. e o T. viverão o Natal com a mesma alegria que eu... Pelo menos assim espero. Este ano passaremos a véspera de Natal com os avós F. e E., o almoço de dia 25 com os avós R. e F. e terminaremos as comemorações natalícias com o jantar desse dia com os avós A. e J. É bom viver assim o Natal... Cansativo, por vezes - afinal são muitos dias e muito "andar de casa em casa" mas posso garantir-vos que chegamos ao fim com o coração cheio...

Os manos

A M. tinha ficado o fim-de-semana nos avós, tal como disse aqui. Ontem quando fui buscá-los à creche, as saudades eram mais que muitas, claro. E ela também tinha! Deu-me um abraço muito apertadinho e um beijinho bem repenicado! Recebi as fotografias da escola e eles ficaram A-M-O-R-O-S-O-S!!! Estão demais! Tinha pedido que lhes tirassem uma foto aos dois, juntos. E então lá aparece a M. com o seu ar maternal a abraçar o irmão muito compenetradamente! Adorei. Fomos para casa e foram o caminho todo cheios de miminhos e de festinhas... Adoro ver a cumplicidade entre estes dois a crescer diariamente... Quando chegámos a casa foram directos para a banheira. Primeiro o T. como sempre. Mas ainda ele não tinha saído já ela queria ir para lá ajudar o pai a "tocar banho" ao mano... Assim que entrou na banheira só ouvi (estava no quarto deles a preparar as roupas e as coisas para a escola...) "Oh, meu amor..." Claro que a seguir ouvi a gargalhada dele que se derrete assim que a vê... Tão bons estes momentos de final de dia...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O resultado da consulta e o nosso fim-de-semana

Na 6ª feira lá fomos à consulta de dermatologia com o T. Resultado: reiniciar o tratamento com os corticóides. Não que esteja pior mas ainda não está bem. No corpo está a ficar com a pele muito seca outra vez e a face está a querer piorar também! Enfim, há coisas piores e o que tem que ser tem muita força...
No sábado foi a festinha de Natal da creche dos pimpolhos. Muito gira, muito divertida... Os meus parabéns e um muito obrigada a todas as educadoras e auxiliares que todos os dias tomam conta das crianças e que ainda assim têm a capacidade e a disponibilidade para realizar coisas destas, com todo o trabalho e dedicação que implica. Um beijinho MUITO especial às educadoras e auxiliares da M. e do T. Obrigada e parabéns!!
Depois almoçamos com os avós J. e A. e os tios e a M. quis ficar com eles, claro. Acabou por ficar o fim-de-semana todo. O pai N. pediu aos avós R. e F. para ficarem com o T. no sábado e nós aproveitámos para ir jantar fora e conversar...
Ontem fomos comprar alguns presentes para a M. e para o T. e fomos almoçar aos sogros para ir buscar o princípe e voltámos para casa. E assim se passou mais um fim-de-semana... Boa semana!!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Pele atópica

Hoje é dia de consulta de dermatologia do T. Sempre ouvi dizer que os filhos são sempre diferentes uns dos outros. Posso dizer que é a mais pura das verdades! Se a M. é uma criança saudável, nunca teve de tomar um único antibiótico ainda, não precisa de muito para passar eventualmente uma pontinha de febre que tenha, não precisa de nenhum cuidado extra com a pele ou qualquer outra coisa, já o T. não tem a mesma sorte. Não quer dizer que não seja uma criança saudável, porque graças a Deus é, mas tem mais questões... Tem de ser acompanhado pela dermatologista, tem de ser acompanhado pelo otorrino... Enfim! Temos de ter muito cuidado com a pele dele, diagnosticada como pele atópica e com eczema. A juntar a isso, temos eczema dentro do ouvido, o que provoca maior número de otites e de problemas com os ouvidos... Lá está, a genética não está do lado deles e o T. é o que mais "sofre" com isso... Sempre usei os produtos da Uriage com a M. e quando o T. nasceu comecei a usar também nele. O problema é que a pele dele secava imenso e parecia nunca estar suficientemente hidratada. E não era por falta de produto, que sempre os "besuntei" muito com cremes... Depois de muito mudarmos de cremes, a pediatra decidiu que tinha de passar a pasta à colega da especialidade... Tentámos vários produtos especiais para peles atópicas, experimentámos várias coisas... e nada resultava com o T. O problema é que ele tinha começado com um dos melhores produtos que há no mercado para "peles normais"... Depois de muito experimentar então lá decidimos ir a uma consulta de especialidade. Fomos com o T. à dermatologia pediátrica e claro que o diagnóstico confirmou aquilo que desconfiávamos... Pele atópica, eczema... enfim, uma chatice para a qual só nos restava aplicar um corticóide! Fiquei logo com o coração pequenino... Sou asmática e conheço bem as propriedades dos corticóides... É uma verdade que me salvaram a vida, mas ele é tão pequenino... Enfim, lá me convenci que era o melhor para ele e que não haveria nenhuma outra forma de resolver a questão e ainda bem que pelo menos não era para ingerir, e sim "apenas" aplicar! Assim fizemos e foi impressionante como, ao final da primeira aplicação dos cremes, já se notava uma diferença brutal!! Depois do primeiro tratamento pensei que tivesse resolvido. O problema é que ao final de uma semana já ele estava outra vez com a pele terrível... Voltei a iniciar o tratamento, tal como a médica tinha receitado e esperei que não tivesse de o repetir. Isto já foi há um mês e ainda não tive de aplicar mais nenhuma vez. Hoje é dia de voltar à consulta para reavaliar e, caso seja necessário, acertar o tratamento. Veremos o que diz a dermatologista. Para já continuamos fortemente aliados dos produtos da A-derma Exomega, que pelos vistos estão a acalmar as comichões...

Uma noite agitada

Temos tido umas noites muito boas com o T., graças à ajuda preciosa da pediatra que tenta sempre zelar pelo bem-estar geral da família. Posso dizer que sou uma sortuda e que tenho dois filhos maravilhosos que sempre me deram boas noites de sono, que comem bem... Enfim, não me posso queixar. Nem me queixo! Depois da M. nascer, saímos da maternidade com "a cassette" de que tínhamos de acordar a menina para comer, quer de dia quer de noite e que durante o dia tinha de comer de 3 em 3 horas mas que à noite podíamos "esticar" até às 4 horas... Na primeira semana de vida dela, punhamos o despertador para lhe dar o biberão porque ela não acordava! MESMO! Quando fomos à primeira consulta de pediatria, contámos-lhe a nossa rotina e a questão com o despertador, de 4 em 4 horas, todas as noites, para tratar da M. Parecia que estávamos a dizer o maior disparate à face da Terra! Bem, na verdade até estávamos. Explicámos à pediatra que nos tinham dito que era assim na maternidade e que tínhamos levado um raspanete no último dia porque ela tinha ficado 4 horas durante o dia sem comer... Enfim! A pediatra olhou para nós e, com aquela calma que lhe é característica, disse-nos: Não façam isso. Não a acordem. Isso é uma violência tanto para ela como para vocês. A menina se está a dormir, se não acorda de noite é porque não tem fome, é porque está bem! Ninguém morre à fome por ter comido... Deixem-na descansar e descansem vocês também, que isso é uma bênção com uma bebé tão pequenina... Assim fizemos, e a verdade é que desde a 2ª semana de vida que a M. dorme toda a noite. Sim, toda a noite é mesmo toda a noite, do género de tomar o último biberão à meia-noite e dormir de seguida até às 10 ou às 11 da manhã! Sortudos!! Sem dúvida. Quando o T. nasceu já não caímos no mesmo erro e não o acordávamos. Na 1ª semana foi muito difícil, e pensei que tinha um bebé como todos os outros, que acordava de 3 em 3 horas durante a noite para comer. Digo que foi difícil porque o cansaço era muito, tínhamos a M. ainda muito pequenina e não podíamos prejudicá-la por causa do irmão. Até porque ela se levantava cedo para ir para a creche e tinha de descansar. Já não demos banho ao T. à meia-noite porque ele ficava desperto com o banho. Passei a dar-lho durante o dia, sozinha em casa com ele... Depois da primeira semana, como que por milagre, o T. começou a dormir a noite toda como a irmã com a diferença que ele adormecia mais cedo e também acordava mais cedo. Se o deitássemos às 22h ele dormia de seguida até às 7 ou às 8 da manhã! Uma vez mais digo, SORTUDOS!!! Bem, há umas semanas o T. começou a acordar durante a noite a chorar como se o estivessem a matar... O problema é que ele partilha o quarto com a irmã e, mais uma vez, não podemos prejudicar o sono dela. Dei por ela a tapar os ouvidos com as mãos para não ouvir o irmão aos berros! Resolvi pedir ajuda à pediatra e então ela sugeriu que déssemos ao T. Atarax xarope e umas gotas: Melamil. Para além de ajudar às noites mal dormidas, o Atarax ia ajudar à comichão que ele tem, graças à pele atópica - uma herança de que vos falarei a seguir. Assim fizemos e felizmente a tranquilidade regressou à nossa casa e à nossa vida. Passamos todos a dormir muito melhor. Calculo que ele tenha pesadelos e a verdade é que estes medicamentos acalmaram essas noites... Como digo, a pediatra pretende sempre zelar pela tranquilidade da família... Esta noite tivemos um episódio de cólicas do T., por isso tivemos uma noite mais agitada outra vez... Tenho a certeza que foram cólicas porque eu própria também tive - é que agora aqui a mãe coruja sente as dores dos filhos... No outro dia o T. tinha dores de ouvidos, eu também tive. A M. tinha dores de barriga, eu também tive... E por aí fora... Alguém aí a sentir o mesmo que os filhos? Bem sei que esta ligação é extremamente forte mas...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A 4ª noite sem chucha

Ontem foi a 4ª noite da M. sem a chucha. Desta vez parece-me que não está tão alterada como da outra vez, mas ainda assim tivemos um final de dia de birras... Eu sei que faz parte, mas depois de um dia de trabalho ninguém merece. Desta vez ela está a testar-nos... Está a ver até onde vamos... Faz birra, diz que não quer ir dormir, chora, agarra-se a nós mas assim que apago a luz do quarto, ela cala-se e adormece. Dorme tranquilamente e durante toda a noite sem acordar. Hoje de manhã, ao chegar à escola, disse à educadora que tinha dado a chucha ao Pai Natal... Está toda contente porque está muito crescida... Mas ontem foi aquele terror... Exaltei-me um pouco... Afinal, ela estava a fazer birra desde que parei o carro na garagem. Teve de vir quase arrastada e em casa gritava como uma louca... Não posso permitir tal comportamento e tive de a pôr no castigo... Ao final de alguns minutos, acalmou-se e pediu-me para sair do castigo para me pedir desculpa, dar um beijinho e dar-me um abraço. Deixei. Dei-lhe banho e tratei dela. Mas ela faz sempre este "charme". Ela sabe bem como nos dar a volta. Por isso achei melhor não lhe dar a chucha, mesmo com aquele drama todo que ela estava a fazer. Está visivelmente a testar-nos, a ver até onde e o pai vamos... Desta vez, e porque acho mesmo que ela está a "jogar" connosco, não vamos permitir. Se ela estivesse a ficar traumatizada, não parava de chorar automaticamente assim que lhe apago a luz do quarto, certo? A M. é uma criança muito esperta, sabe bem o que deve fazer para nos levar a ceder... Mas desta vez não pode ser. Fico eu pior do que ela... Fico com o coração pequenino mas sei que é o melhor para ela... O problema aqui é que a chucha já não está bem a ser só para dormir... Agora, nos últimos dias, dizia que queria dormir no carro para eu lhe dar a chucha, como supostamente só a usava para dormir... Estão a ver a esperteza dela né? Espero estar a fazer o melhor, e da melhor forma. Espero que esta fase passe depressa e espero mesmo ter razão naquilo que sinto: que ela nos está a testar... Será que estou certa? Será? Vou estar atenta e tentar que ela perceba que estou a fazer o melhor para ela... Tentar que este processo seja o mais fácil possível... Espero conseguir. Espero ajudá-la... Só quero que ela esteja bem, quero que deixe a chucha para não deformar os dentes, mas quero acima de tudo que seja uma criança feliz. Mas isto tudo sem perder a autoridade... Ui, coração de mãe sofre...

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O nosso fim-de-semana XL

Tivemos um fim-de-semana animado e agitado... Festa de Natal das crianças do meu trabalho, visitas dos avós, luzes de Lisboa, Festa de aniversário da tia P., visita aos amigos R. e J. para deixar presentes de Natal e dar um beijinho ao fofinho M. e... o T. já anda! É verdade!! Parece que posso dizer que o T. já anda!! Na 6ª feira, em casa dos avós J. e A. aventurou-se nos primeiros passinhos. A verdade é que ele já dava uns passinhos pequeninos (no máximo 2) e depois sentava-se. Mas na 6ª feira quis aventurar-se na primeira travessia da televisão para o sofá sem se agarrar... e assim foi. De repente, o nosso bebé começou a andar. Na verdade ele é ainda muito bebezão e ainda tem algum medo e senta-se, de vez em quando, mas já anda com bastante segurança e com distâncias consideráveis... :) Estou feliz... É mais um laço que se "perde" mas faz parte. O nosso objectivo, enquanto pais, é de criarmos crianças autónomas e independentes (salvaguardadas as devidas distâncias, obviamente) por isso é sempre bom vê-los a crescerem mais um bocadinho... O fim-de-semana foi bastante produtivo: fizemos algumas compras de Natal, fomos ver "O Principezinho", os meninos tiveram a festa do meu trabalho, a M. deu a chucha ao Pai Natal em troca de um presente, fomos ver as luzes de Lisboa, estivemos com a tia P. que não víamos há 1 ano e que fez anos na 6ª feira. Foi uma casa cheia, com os avós J. e A., os tios P., T., L. e D. e nós os quatro! Divertido, como sempre e agitado, sempre um a falar por cima do outro... Entretanto ontem fomos visitar a R., o J. e o M. Está tão fofo este miúdo!! A M. e o T. gostaram muito, a M. ganha sempre um sentimento maternal perto do M., de tal forma que os bonecos começam todos a ter o mesmo nome dele... Demais! E pronto, lá se passou mais um fim-de-semana alucinante... E agora aí vem mais uma semana, mais curta é certo, mas sem garantias que seja mais calma... É assim a minha vida... sempre a mil...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A temática da chucha

A M. já tem três anos. Aqui há uns tempos, estivemos em casa de uma amiga a lanchar e ela resolveu atirar a chucha pela varanda... Pensei: "Tenho de aproveitar esta oportunidade". Em primeira instância, ela tinha de compreender que aquilo que fez tem consequências e depois já estava na altura de fazer o desmame da chucha. Nessa noite, quando chegámos a casa e a fui deitar, ela pediu-me a chucha. Eu perguntei-lhe se ela se lembrava o que tinha acontecido à chucha. Disse-me que sim, que tinha caído da casa da C. E depois disse-me para eu lhe ir buscar outra chucha (sempre teve muitas, para ir alternando, dentro de uma caixa no armário da cozinha). Eu menti-lhe! Não gosto nada de o fazer, mas teve de ser. Disse-lhe que não havia mais chuchas, que aquela que tinha caído era a última... Ela aceitou, embora reticente... Acabou por adormecer, sem chucha e sem stress também. Pensei: "Bom, a coisa afinal vai correr melhor do que estava à espera." Porém, na noite seguinte já não foi tão pacífico! A M. nunca gostou especialmente de chucha. Em bebé nem sempre precisava dela e existia por "descargo de consciência". Nunca gostou até eu engravidar, sensivelmente. A partir dessa altura, ela passou a estar mais dependente da chucha. E nós a querermos que ela estivesse cada vez menos dependente dela. Então, na noite seguinte começou a querer fazer birra para dormir, coisa que até então nunca tinha acontecido. Ela sempre gostou MUITO de dormir, sempre dormiu muito e, melhor do que tudo, ela sempre foi para a cama sozinha e muitas vezes por iniciativa dela. Nessa noite não cedi. Expliquei-lhe que ela tinha deixado cair a chucha e que já não havia mais, mas que também não fazia mal porque ela estava a ficar mais crescida. Lá a consegui acalmar, depois de 3 ou 4 histórias lidas e adormeceu. A situação foi-se complicando com o passar da semana. Na 5ª feira já não aguentei mais aquele sofrimento em que ela ficava quando lhe dizia que tinha de ir dormir. Chorava, ficava completamente alterada, histérica, mesmo desequilibrada. Perguntei-lhe, com o coração nas mãos, se ela queria uma chucha do irmão. Respondeu prontamente com um brilho nos olhos e uma tranquilidade imediata que sim. Assim fiz. Fui buscar uma chucha do T. e dei-lha. Acalmou instantaneamente e adormeceu. No dia seguinte decidimos que tínhamos de recuar, tínhamos de ceder... Ela não podia ficar naquele desespero todas as noites. Talvez não estivesse preparada. Talvez precisasse de mais um tempo. Então, nessa noite o pai disse-lhe que tinha encontrado uma chucha dela, que estava perdida. Não voltámos a insistir. Uns dias mais tarde fomos à consulta com a pediatra. Contámos-lhe o sucedido e ela prontamente nos disse que a M. não estava preparada ainda. Normalmente é por volta dos três anos que se começa esse desmame, porém com ela poderia demorar um pouco mais, já que ela vê o irmão diariamente com a chucha e isso dificulta o processo. Disse-nos também que não ficássemos preocupados e que não forçássemos. "Com ela as coisas têm sido fáceis, não vamos estragar tudo - ela tirou a fralda de dia e de noite muito depressa, sem acidentes; ela foi para a creche tranquilamente; ela aceitou muito bem o nascimento do irmão; come sozinha; é extremamente independente... Temos de lhe dar o tempo dela, a chucha é neste momento a única coisa que a liga a ser bebé, dêem-lhe tempo...", disse-nos a pediatra. E foi quando descansei. Entretanto, uns dias antes de fazer os 3 anos, a M. resolveu largar a chucha dentro da caixa do correio de um dos vizinhos dos avós J. e A. O problema é que esse vizinho não mora ali e nunca vai à caixa do correio. Pensei em aproveitar novamente a situação. Não começou nada bem e tive medo que ela regredisse outra vez. Tive medo que ela se desequilibrasse outra vez. Não valia a pena. Dei-lhe uma chucha do irmão, já que umas semanas antes tinha deitado fora todas as chuchas dela, para que só tivesse mesmo a que estava em uso. Voltei a tentar que ela tirasse a chucha quando fez 3 anos. Disse-lhe que era uma menina crescida e que já não precisava dela, que a chucha era só para os bebés! Não correu bem! Aparentemente esta minha bebé não quer ser crescida, quer continuar menininha, bebé... Agora perguntei-lhe se queria dar a chucha ao Pai Natal, para ele lhe dar um presente. Disse-me logo que sim, e de vez em quando fala no assunto. Sei que não é esta a melhor forma de resolver esta questão, mas não gosto de a ver de chucha. Já está crescida, já não é bebé... e pode deformar-lhe os dentes. Esgotei as minhas ideias para a levar a largar a chucha tranquilamente. Espero que desta vez consigamos ultrapassar esta barreira! Vamos ver se o Pai Natal ajuda...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Dia da filha única

No fim-de-semana passado resolvemos ir dar uma volta. Resolvemos também que iria ser uma "escapadinha" a três, com a M. Deixámos o T. com os avós R. e F. e rumamos ao Alentejo. Fomos no sábado e viemos no domingo. Foram só dois dias mas foram dias muito importantes. A M. está a passar a fase rebelde, normal para a idade. Mas achámos que ela precisava de uns dias só connosco, sem o irmão. Ela e nós. Antes de ser mãe via aquela série da Kate Plus 8 (não sei se conhecem mas era um casal que engravidou a primeira vez e tiveram 2 gémeas. Mais tarde, quiseram um terceiro filho, só que na realidade vieram mais 6!!! 3 meninas e 3 meninos.) e sempre admirei a forma como eles educavam as crianças. Numa casa com 8 miúdos havia caos, obviamente que sim, mas bastava dizerem que eles ficavam de castigo e eles iam direitinhos até ao local marcado para o efeito (sozinhos, pelo próprio pé) e ficavam até os pais deixarem sair. Também acredito que tem que haver muita firmeza, com 8 filhos não será fácil... Bom, uma das coisas que eles faziam questão de ter era dedicarem um dia por ano a cada filho, sendo que nesse dia cada criança era "filha única". Estranho dirão alguns, boa ideia dirão outros. Sempre adorei a ideia e disse a mim mesma que quando tivesse mais do que um filho iria proporcionar-lhes, de vez em quando, esse dia de "filho único". Um ano depois do T. nascer conseguimos fazer o 1º dia de filha única, que na realidade foi um "fim-de-semana de filha única"! Foi muito bom, ela ADOROU, estava mesmo feliz... Adora passear, adora hotéis (ficámos numa Pousada) e ter a atenção toda só para ela só a podia fazer feliz, claro. Correu muito bem este 1º dia de filha única! Vamos continuar a fazê-lo... para ela e para ele, claro! É bom estarmos todos (afinal, todos os dias são assim...), mas também é bom podermos dedicar-nos a 100% a um só filho, de vez em quando. Como adoramos viajar, passear, hotéis... é apenas mais um motivo para irmos mais vezes. Afinal, temos de garantir que passamos fins-de-semana fora a dois, a três com um, a três com outro e a quatro, claro! Se tiverem mais de um filho e se puderem, experimentem! Vão ver que os laços ficam mais fortes, a confiança das crianças também e há coisa melhor do que passear e sair dos horários e rotinas?

O nascimento do T. e a reacção da M.

Já falei aqui do nascimento do T. e como foi vivido pela familia... Vivi uma gravidez tranquila (dentro do possível, tendo em conta que tinha uma criança com menos de 2 anos em casa) mas sempre preocupada com a M. Como vos disse anteriormente sou filha única de sangue por isso esta questão de ter de "dividir" a atenção entre os meus dois filhos foi algo a que tive de me habituar. Não posso dizer que tenha sido fácil. Aliás, ainda hoje em dia não é muito... Estou sempre preocupada com isso, a fazer os possíveis para que eles não sintam diferenças, para que tenham a mesma atenção, para que se sintam bem e felizes... É um pouco desgastante estar sempre preocupada com isso, mas à medida que eles vão crescendo, vou sentindo que isso me sai naturalmente, e hoje em dia já não é tão difícil... Durante a minha gravidez, fiz questão que a M. acompanhasse o máximo do processo... Foi a algumas consultas, ajudou a comprar algumas roupas, falava para a minha barriga, dava festinhas e todas as noites antes de se deitar dava um beijinho ao mano. Adorámos viver esta fase com ela. Mas tivemos medo. Medo que a reacção se alterasse assim que entrasse um bebé pequenino nas nossas vidas. Medo que ela recuasse no desenvolvimento e nas conquistas (é preciso dizer que a M. entrou no infantário em Setembro, e que o irmão nasceu em Novembro; para além disso, estava a deixar as fraldas, já falava muito, comia sozinha... enfim, estava muito "crescida"). Medo que ela se rebelasse contra o irmão. Medo que as coisas não corressem bem. Felizmente, tudo não passou de medo infundado. Não vos vou dizer que o primeiro mês foi um mar de rosas. Estaria a mentir! Quando o T. nasceu, a M. ficou numa euforia que nem consigo explicar. Estava verdadeiramente feliz. Ela foi connosco para a maternidade nesse dia mas enquanto eu fiquei lá, ela ficou com os avós J. e A. e com os tios. A rotina dela nesses dias não sofreu grandes alterações. O avô ia levá-la à escola, à tarde ia buscá-la, iam ver-nos e voltavam para casa. Nesses dias tive sempre muito cuidado para que ela não me visse com o irmão ao colo quando chegava. Assim teria toda a disponibilidade para ela. E assim foi! Ela queria ver o irmão, mas sem grandes euforias. Brinquei com ela, conversamos e aproveitei o máximo do tempo em que ela estava na maternidade. Entretanto chegou o dia do regresso a casa. Decidimos que a M. teria de regressar também. Então saímos os três da maternidade e fomos para casa. O avô J. foi buscá-la à creche e levou-a. Ficou feliz de voltar a casa, obviamente mas não ligava muito ao irmão. Ignorava-o. De vez em quando lembrava-se e dava-lhe um beijinho e fazia-lhe uma festinha mas nada de muito exuberante. Aí, tememos que a coisa se complicasse. No dia seguinte a termos voltado a casa, adoeceu. Nada de muito grave, uma febre e pouco mais. Uma reacção psicossomática ao nascimento do irmão, como que a lembrar-nos que ela também estava ali. Felizmente ela percebeu depressa que nós iríamos também continuar ali para ela e que o lugar dela se mantinha intacto e, ao final de umas semanas, tudo voltou ao normal, e entrámos na fase do instinto maternal da M. Foi o máximo assistir a esta mudança na vida dela, dele, deles, nossa! Quando o T. chorava, ela vinha logo avisar ou então ia para perto dele para o tentar acalmar... E tem sido assim. Claro que às vezes ele é mau para ela e ela é má para ele. Mas é normal. São irmãos. Tudo faz parte. E tudo passa. E nós temos tido muita sorte. Nem ela regrediu, nem ela se rebelou contra o irmão, nem as coisas correram mal... Tivemos sorte! Muita sorte!

Família Gigante

Sou uma pessoa muito prática! E ainda bem que assim é, porque com duas crianças pequenas com menos de 4 anos se assim não fosse nem sei... Também tenho a sorte de ter uns pais maravilhosos que me ajudam IMENSO! E posso dizer que tenho 4 pais! Posso dizer que os meus filhos são uns verdadeiros sortudos: têm 6 avós, 5 tios, 1 primo (sim, eu sei que no meio de tantos tios haver só 1 primo é estranho, mas os outros tios ainda são novinhos...), 5 bisavós vivos... Por isso quando digo que sempre estive rodeada de muita família não estou a exagerar... Para além da família adquirida à nascença, podemos juntar alguns Amigos considerados como família... por isso são uns sortudos! Somos uns sortudos! Quando era pequena os meus pais separaram-se... Alguns anos mais tarde, tanto o meu pai como a minha mãe voltaram a casar. Tive a sorte de terem escolhido e encontrado pessoas absolutamente maravilhosas. O pai J. casou com a A. e a mãe F. casou com o E. São pessoas excelentes, maravilhosas e que ADORAM os meus filhos. O avô E. não tem mais filhos, mas a avó A. tem 4: os meus irmãos de coração! 4 dos tios dos meus filhos. Não fazemos distinção, aliás, não queremos que NINGUÉM fale dos avós E. e A. sem serem chamados de avós. Não queremos que ninguém fale dos tios P.,T.,L. e D. sem serem chamados de tios... É a realidade da M. e do T. - têm 6 avós que adoram... Nunca conseguimos ser poucos... nunca conseguimos marcar um jantar ou um almoço para 4 ou 5... Mas somos felizes! Somos uma família gigante que está presente em todos os momentos. Adoramos comemorar... Só porque sim. Só porque gostamos uns dos outros, só porque gostamos de festas... só porque somos uma FAMÍLIA! A M. já pede para ficar em casa dos avós e eu adoro isso! Só prova que ela se sente bem com eles, que gosta de lá estar, que a tratam bem, que se sente amada... e que tem o à vontade suficiente connosco para nos pedir... tem a segurança necessária para querer ficar noutra casa que não a dela, sabe que não a vamos deixar, que não a vamos abandonar! É uma criança feliz. O T. também, apesar de ainda não pedir para ficar aqui ou ali, fica eufórico quando vê os avós. Adoro esta ligação que eles têm com os avós... É única, especial, diferente, imensurável, que nunca se deve perder... Todos têm um papel importante na vida de uma criança: os pais são os pais, ninguém os pode substituir. Aquilo que um pai pode oferecer a um filho, não há mais nenhuma pessoa neste mundo que o possa oferecer... Os avós são o colinho bom, o aconchego, o quebrar de algumas rotinas. Não me interpretem mal, os avós podem e devem estragar os netos, mas sem nunca ir contra a opinião e a vontade dos pais. Eles também devem ajudar a educar, mas com muito mimo. Só os avós podem brincar aos bolos, só os avós os podem levar a passear sem tempo contado, só os avós podem sentar-se no chão da sala durante toda a tarde a brincar com carrinhos ou a fazer penteados às bonecas! Os tios são também muito importantes na vida das crianças: eles brincam, não se zangam, permitem quase tudo e são cúmplices dos disparates... Quanto aos primos... bom, os primos são irmãos para toda a vida. Quando se é a prima mais velha (como eu sou num dos lados da família) ganha-se um instinto de protecção, como se fosse uma irmã mais velha... Quando se é a prima mais nova (sou do outro lado da família), somos a protegida do primo mais velho... Adoro esta família gigante... e sei que a M. e o T. também vão adorar!!!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O princípe T.

O princípe da casa veio sem avisar... Depois de um momento difícil nas nossas vidas, um descontrolo hormonal e... Teste positivo! Já tínhamos falado em ter mais filhos, mas a M. era ainda muito pequena. Tínhamos planeado começar a pensar no assunto no final de 2013, depois da M. fazer os 2 aninhos... Mas a vida nem sempre corre como planeado e em Março de 2013 descobrimos que eu estava grávida!!! Ironia do destino, a data prevista inicial do parto era exactamente igual à da M. O novo bebé iria nascer muito próximo da data do 2º aniversário da irmã. Num misto de uma imensa felicidade e um novo momento de pânico - e agora? Como vamos conseguir com dois? E ela é ainda tão pequenina... - contámos à família que voltou a ficar extremamente feliz, apesar de um pouco preocupada, dada a proximidade tão grande entre as duas crianças! Pensámos: Queríamos outro filho e a natureza assim quis que fosse nesta altura, portanto 'bora lá! Com uma gravidez ligeiramente mais agitada do que a primeira, lá passamos outro Verão quente... E eis que tínhamos de, mais uma vez, decidir em que dia iria nascer o princípe da casa... Bom, desta vez era ainda mais difícil acertar a data - eu tinha exactamente o mesmo tempo de gestação que tinha tido da M. Então, não poderia ser nem no dia dos anos do avô J. nem nos do avô E. nem nos do padrinho, nem nos da IRMÃ!!! Conclusão: marcamos a cesariana para dia 8 de Novembro de 2013! Tudo certo com a médica e cesariana marcada. Entretanto, conseguimos passar o dia de aniversário da M. (falarei dos aniversários e outros eventos mais à frente) sem sobressaltos e na presença de toda a família e amigos. Achei que como iria ser o último aniversário da M. sem o irmão, teria de ter uma festa memorável. E assim foi! :) No final da festa despedimo-nos até dali a 2 semanas, altura em que o pequeno T. iria nascer. Mas este meu filho não gosta de coisas combinadas... gosta sim das coisas à maneira dele! Então, 1 semana precisamente depois do aniversário da irmã, e depois de um belo almoço e dia passado na Ericeira com família e muitas castanhas à mistura, eis que me rebentam as águas! Tal nunca me tinha acontecido (a M. nasceu com data marcada e sem eu ter sequer tido um pequeno sinal de parto), mas a minha filha estava verdadeiramente agitada nesse dia (devia ter reparado nesse "sinal")... a sensação era estranha mas semelhante ao que já tinha ouvido falar... Então, resolvi ligar à médica que prontamente me disse: "Encontramo-nos na clínica". E assim foi. Foi uma viagem de carro absolutamente alucinante... Não porque eu tivesse qualquer dor (já sei, sou MESMO sortuda), mas porque a M. estava tão eufórica e o N. tão nervoso que eu nem sabia se havia de rir ou de chorar... Chegamos à clínica ao mesmo tempo que a maioria dos nossos amigos e familiares (sim, ocupámos a clínica quase toda, mas ia nascer o benjamim da família...). Entrei logo no bloco de partos e às 22h57m o meu mundo voltou a parar. O T. nasceu lindo, perfeito, maior do que a irmã mas mais frágil... e com ar de reguila (Afinal, pensavam que iam escolher quando é que eu nascia? Nã....). Voltei a sentir o que tinha sentido 2 anos antes, na mesma sala, com a mesma médica e com o mesmo pai babado ao meu lado... Parei outra vez de respirar, o coração voltou a parar e eu voltei a ser inundada por este amor incompreensível, completamente irracional, mas tão tão tão bom!! Sim, senti a mesmíssima coisa aquando do nascimento da M. E sim, é possível amar dois filhos da mesma forma. A única diferença é que desta vez havia mais uma pessoa com quem partilhar esta emoção que é o nascimento de alguém: a M. Mas isso conto-vos noutro post... Se já era feliz, passei a ser muito mais feliz. Não sabíamos, mas precisávamos do T. na nossa vida. Todos!

A princesa M.

A princesa da casa nasceu no dia 27 de outubro de 2011. Sempre quis ser mãe... Parece cliché, mas na verdade faz mesmo parte da minha essência. Sempre tive o instinto, sempre cuidei dos meus amigos, sempre me preocupei com todos... Quando casamos, em 2009 sabíamos que queríamos ser pais. Mas também queríamos aproveitar a vida a dois, viajar, namorar, passear, conhecermo-nos e consolidarmo-nos como casal. E assim foi. No final de 2010, começamos a pensar nisso mais a sério. Exames de rotina feitos e seria uma questão de tempo. Estava tão ansiosa que só ao final de um ano é que consegui engravidar. Soubemos que íamos ser pais no dia 19 de março de 2011. Foi um momento único de felicidade extrema e pânico absoluto. E agora? Como ia ser? Resolvemos guardar segredo e só 1 mês depois começamos a contar à família, depois de sabermos que tudo estava a correr bem com o bebé. A felicidade de todos era imensa e vivi uma gravidez absolutamente mágica e tranquila. Numa das consultas, percebemos que eu teria de fazer uma cesariana - a bebé era muito grande (ou pelo menos suspeitava-se disso) e a minha bacia demasiado estreita para que ela passasse. A Dra. que me acompanhou desde sempre deixou-me extremamente calma em relação ao processo. Iria ser ela a fazer o parto, apenas tínhamos de marcar a data. Agora é aquela parte em que toda a gente me chama maluca! Sim, tenho um bocado a mania de controlar as coisas e de planear tudo com imensa antecedência. A data do fim da gravidez era a 13 de novembro, mas não a poderíamos deixar avançar até lá. Então, começamos a estudar o calendário: o avô J. faz anos naquele dia, o avô E. faz no outro... E decidimos! A nossa princesinha iria nascer no dia 27 de outubro. A Dra. mandou-nos estar na clínica a seguir ao almoço para tratarmos do internamento e de todos os processos inerentes ao nascimento da M. Assim foi. Eu, o meu marido e a minha mãe almoçamos e fomos. Comecei a sentir-me nervosa à medida que o tempo avançava. Não tive dores nem contracções - sim, eu sei sou uma sortuda! Entrei no bloco de partos por volta das 19h. A minha vida parou às 19h55m do dia 27 de Outubro de 2011. A M. nasceu! Linda, perfeita e grande! Não poderei nunca descrever o que senti nesse momento. Chorava mas queria rir, estava tão feliz que pensava que o coração ia saltar pela boca! Foi a melhor sensação que já pude experenciar... Deixei de respirar, o coração deixou de bater e pude apreciar aquele ser que tinha estado dentro de mim nos últimos 9 meses. Aquele ser que eu jurava a pés juntos que já conhecia. E já a conhecia, efectivamente! A partir daquele momento a vida dela já não dependia de mim (claro, o básico sim mas...), a partir daquele momento ela era outra pessoa, e nem sequer era minha! A partir daquele momento ela era a M. e eu deixaria de ser a S. para ser a mãe da M. Toda a família estava do lado de fora do bloco de partos à espera de notícias. Quando a ouviram chorar pela primeira vez, abraçaram-se, riram e choraram... Tinha nascido a princesa M. Mudei de nome naquele momento, passei a ser a MÃE!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Como tudo começou...

Chamo-me Sara... ou melhor fui registada como Sara há 29 anos. A verdade é que sempre tive um instinto maternal extremamente forte e apurado... Daí hoje em dia dizerem-me que o meu nome do meio é MÃE... Há 3 anos a minha vida mudou... Nasceu a Mafalda, a minha princesa. Nesse dia, o Mundo parou por segundos e desde o momento em que a vi pela primeira vez que senti o que há muito vinha ouvindo: a vida muda, o coração passa a bater fora do peito e conhecemos o significado de "amor incondicional". Depois, há 1 ano atrás a minha vida voltou a mudar... Nasceu o Tiago, o meu princípe. Nunca pensei que pudesse sentir tudo outra vez... Nunca pensei que se pudessem amar duas pessoas com a mesma exacta intensidade... Sou filha única de sangue por isso o nascimento do T. veio mudar a minha forma de encarar o mundo. Tenho uma família linda e feliz. E sou feliz. Sou mãe! Não há neste mundo nenhuma outra palavra que me defina tão bem como esta. Tive a sorte de nascer numa família cheia de amor, cheia de pessoas, cheia de eventos... Tive uma infância verdadeiramente feliz (ainda que com alguns percalços) e sempre estive rodeada de pessoas que gostam de mim... É assim que pretendo que os meus filhos cresçam... numa família grande, unida e cheia de amor para lhes dar! Tenho vivido estes últimos 3 anos com imensa intensidade, e sempre a aproveitar todos os momentos deles: o primeiro choro, o primeiro dente, o primeiro sorriso, o primeiro passo, a primeira papa, a primeira sopa, o primeiro dia na creche... tudo! Quero estar presente para eles, tal como os meus pais sempre têm estado ao meu lado... Sou MÃE!