sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Uma noite agitada

Temos tido umas noites muito boas com o T., graças à ajuda preciosa da pediatra que tenta sempre zelar pelo bem-estar geral da família. Posso dizer que sou uma sortuda e que tenho dois filhos maravilhosos que sempre me deram boas noites de sono, que comem bem... Enfim, não me posso queixar. Nem me queixo! Depois da M. nascer, saímos da maternidade com "a cassette" de que tínhamos de acordar a menina para comer, quer de dia quer de noite e que durante o dia tinha de comer de 3 em 3 horas mas que à noite podíamos "esticar" até às 4 horas... Na primeira semana de vida dela, punhamos o despertador para lhe dar o biberão porque ela não acordava! MESMO! Quando fomos à primeira consulta de pediatria, contámos-lhe a nossa rotina e a questão com o despertador, de 4 em 4 horas, todas as noites, para tratar da M. Parecia que estávamos a dizer o maior disparate à face da Terra! Bem, na verdade até estávamos. Explicámos à pediatra que nos tinham dito que era assim na maternidade e que tínhamos levado um raspanete no último dia porque ela tinha ficado 4 horas durante o dia sem comer... Enfim! A pediatra olhou para nós e, com aquela calma que lhe é característica, disse-nos: Não façam isso. Não a acordem. Isso é uma violência tanto para ela como para vocês. A menina se está a dormir, se não acorda de noite é porque não tem fome, é porque está bem! Ninguém morre à fome por ter comido... Deixem-na descansar e descansem vocês também, que isso é uma bênção com uma bebé tão pequenina... Assim fizemos, e a verdade é que desde a 2ª semana de vida que a M. dorme toda a noite. Sim, toda a noite é mesmo toda a noite, do género de tomar o último biberão à meia-noite e dormir de seguida até às 10 ou às 11 da manhã! Sortudos!! Sem dúvida. Quando o T. nasceu já não caímos no mesmo erro e não o acordávamos. Na 1ª semana foi muito difícil, e pensei que tinha um bebé como todos os outros, que acordava de 3 em 3 horas durante a noite para comer. Digo que foi difícil porque o cansaço era muito, tínhamos a M. ainda muito pequenina e não podíamos prejudicá-la por causa do irmão. Até porque ela se levantava cedo para ir para a creche e tinha de descansar. Já não demos banho ao T. à meia-noite porque ele ficava desperto com o banho. Passei a dar-lho durante o dia, sozinha em casa com ele... Depois da primeira semana, como que por milagre, o T. começou a dormir a noite toda como a irmã com a diferença que ele adormecia mais cedo e também acordava mais cedo. Se o deitássemos às 22h ele dormia de seguida até às 7 ou às 8 da manhã! Uma vez mais digo, SORTUDOS!!! Bem, há umas semanas o T. começou a acordar durante a noite a chorar como se o estivessem a matar... O problema é que ele partilha o quarto com a irmã e, mais uma vez, não podemos prejudicar o sono dela. Dei por ela a tapar os ouvidos com as mãos para não ouvir o irmão aos berros! Resolvi pedir ajuda à pediatra e então ela sugeriu que déssemos ao T. Atarax xarope e umas gotas: Melamil. Para além de ajudar às noites mal dormidas, o Atarax ia ajudar à comichão que ele tem, graças à pele atópica - uma herança de que vos falarei a seguir. Assim fizemos e felizmente a tranquilidade regressou à nossa casa e à nossa vida. Passamos todos a dormir muito melhor. Calculo que ele tenha pesadelos e a verdade é que estes medicamentos acalmaram essas noites... Como digo, a pediatra pretende sempre zelar pela tranquilidade da família... Esta noite tivemos um episódio de cólicas do T., por isso tivemos uma noite mais agitada outra vez... Tenho a certeza que foram cólicas porque eu própria também tive - é que agora aqui a mãe coruja sente as dores dos filhos... No outro dia o T. tinha dores de ouvidos, eu também tive. A M. tinha dores de barriga, eu também tive... E por aí fora... Alguém aí a sentir o mesmo que os filhos? Bem sei que esta ligação é extremamente forte mas...

1 comentário:

  1. É forte, de facto, e as dores parecem "pegar-se"... O que não dávamos para que as dores pudessem passar para nós, não é?

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