terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Mais uma noite difícil...

Ontem tivemos mais uma noite difícil... Primeiro porque tivemos de chegar a casa, despachar os miúdos a correr, dar-lhes banho, jantarmos todos e pô-los na cama antes que os avós A. e J. chegassem para que pudessem descansar, dormir e para que a M. não tivesse vontade de ir dormir a casa deles - é que a casa está em obras (Yeahhhhh!!!) e obras é igual a interdito a crianças né? Assim, lá jantámos e lá os deitei. A M. estranhou que nós estivéssemos vestidos e perguntou-nos se íamos sair, como quem diz "Se vão sair os dois quem fica cmg?" Não lhe quis dizer que os avós iriam ficar a tomar conta deles e também não lhe quis contar o verdadeiro motivo da nossa saída tardia. Como se diz a uma criança de 3 anos que vamos a um velório? Não dizemos! Mas partiu-me o coração ouvi-la pedir-me que fosse vestir o pijama sem lhe poder explicar o que iria acontecer. Mas às vezes tem de ser assim... Os avós chegaram e nós saímos à pressa, sempre na esperança que a M. não acordasse. Gosto sempre de lhe explicar as coisas, acho que as crianças percebem tudo, devemos sempre dizer as coisas mesmo que seja na linguagem delas... Acho importante que se sintam seguras e ontem sei que não a deixei segura. Mas não encontrei nenhuma forma de lhe explicar que não iria ficar sozinha mas que eu teria de sair. Eu e o pai. Não foi ela que acordou, felizmente mas foi o T. Ligaram-nos porque ele estava aos gritos como se o estivessem a matar. Pensei "Ó não, outra vez não!". Passado um pouco de estarmos no velório, despedimo-nos e viemos embora. Quando chegamos a casa já estava tudo tranquilo e o T. já dormia profundamente. Ele e a M. que, aparentemente, não deu pela nossa ausência. Mas a noite não ficou por aí... Passados alguns minutos de nos deitarmos, o T. acordou mais uma vez como se lhe estivessem a fazer muito mal... Lá o conseguimos acalmar, percebi que tinha cólicas... ?! mas teve de dormir na nossa cama, para que não acordasse a irmã e para que ele próprio descansasse um pouco. Escusado será dizer que ele dormiu, já eu e o pai nem por isso... Espero que tenha sido uma noite única e que não se torne, outra vez, rotina! Veremos... Quanto à M. sinto-me mal por não a ter deixado descansada. Eu sei que ela ficou bem e nem sequer é isso que importa. Mas e se ela tivesse acordado e não nos tivesse visto em casa? Como se iria sentir? Iria fazer perguntas, ficar desconfiada e não sei bem o que isso faria à segurança e confiança dela... Como fariam numa situação semelhante?

1 comentário:

  1. Parece que, se houver próxima (esperamos todos que não), não vais fazer o que fizeste desta vez, certo? E isso é que importa. Estás "no bom caminho". Temos de dizer tudo às crianças, sob pena de elas não confiarem em nós. E nós não queremos isso. Desta vez, na "aflição" do momento e no "repentino da coisa", decidiste assim, mas não em conformidade com aquilo em que acreditas. Portanto, na próxima vais dizer, vais encontrar uma forma de explicar bem o que se passa... e ela/ele/eles vai/vão perceber e tu vais ficar mais descansada. Viver é giro! Educar é lindo! Mas difícil!!!

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