quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Se vai ser assim, volto já para 2014!

Não posso dizer que 2015 esteja a iniciar-se da melhor forma... O nosso fim-de-semana não foi grande coisa, tive de ir a um funeral no sábado de manhã (do pai de um amigo...), depois foram as compras habituais, as limpezas habituais, lavar a roupa (kilos de roupa que eu tenho sempre para lavar... Parece que nasce, a roupa suja cá em casa...), passar a ferro, escolher brinquedos para doar... Enfim, uma canseira. Acabei o domingo a desejar ser 6ª feira à noite outra vez... Mas se o fim-de-semana não foi fantástico, o início da semana também não está a ser grande coisa... Na 2ª feira a M. (que nunca quer ir dormir para a nossa cama, que adora dormir na cama dela) acordou a meio da noite assustada e quis logo ir para perto de nós. Depois de a tentar acalmar (o que, posso dizer, não foi nada fácil) lá consegui que tentasse dormir. Mas assim que apagámos a luz recomeçou o choro. Perguntei-lhe se queria dormir de luz acesa e respondeu-me logo que sim. Mas nada tranquila. Como podem calcular foi uma noite muito mal dormida... Lá pelo meio ainda se queixou dos ouvidos, mas pensei que pudesse ter sido uma pancada, ou fruto do sonho, ou apenas sensação... Ontem lá me levantei muito a custo e ainda a mais custo lá a acordei. Saí de casa com o coração nas mãos e pouco descansada de a ter de mandar para a creche. Mas tinha mesmo. Tinha umas coisas urgentes para terminar de manhã no trabalho. Não podia mesmo ficar em casa com ela. Ainda se queixou mais uma ou duas vezes do ouvido e ainda fiquei mais "de pé atrás" de a deixar na escola. Estive a manhã toda com dores no ouvido esquerdo. Despachei-me o mais depressa que podia pois sabia que o telefonema da educadora ia acontecer a qualquer momento. Não me enganei e ainda não era meio-dia já eu estava a caminho da creche para a ir buscar e ir com ela ao otorrino. A educadora ligou-me porque ela chorava com dores, e a M. não é nada de se queixar, já todos sabemos. Chegadas ao otorrino, diagnóstico de otite aguda!!! Ao que parece, as otites chegam mesmo sem avisar e num momento está tudo bem e poucas horas depois está uma inflamação brutal, tal como a da M. Fomos avisados que a otite podia rebentar, que o estado dela ia dar muitas dores horríveis, para estarmos atentos e que não havia impeditivo nenhum de ela ir à creche, a menos que se sentisse mal. Benuron, Ibuprofeno e... Antibiótico! Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela teria de o começar (sim, a M. sempre foi tão saudável que ainda não tinha tomado nenhum antibiótico... Já sei, mães por esse mundo fora, estão todas a odiar-me e a gabar a minha sorte - Eu sei!! Acreditem que sei!) mas preferia que tivesse sido ainda mais tarde... E pronto, apesar de estar bem disposta, hoje ficou no miminho com a avó A. e com os tios... É nestes momentos que queríamos ter a capacidade de absorver as dores dos nossos filhos não é? Por isso é assim 2015 se vens assim, com tantos desafios e tantos problemas, vai-te já embora ou então eu volto para 2014 que assim não dá!!!

2 comentários:

  1. São apenas circunstâncias que completam os ciclos da nossa vida, filha. Quem nos dera, a nós, mães, poder fazer a transferência das dores e dos estados de saúde menos boa dos nossos filhos para nós. Seria muito mais fácil de suportar...Mas a vida não nos deixa. E ela é sábia.

    ResponderEliminar
  2. Terás sempre a capacidade de fazer o correto. De certa forma, tb absorves as dores, só que não sabes.

    ResponderEliminar