segunda-feira, 3 de agosto de 2015

OBRIGADA

Nem sei por onde começar.

Foram 2 anos. Parece pouco tempo. Ou então nem por isso, se considerarmos que a M. ainda nem tem 4. Era uma bebé quando vos conheceu. Ainda é. Mas menos. Confiei-vos o meu maior tesouro naquela altura. Fui de olhos fechados a uma reunião geral. Ouvi falar em projectos educativos e sei lá mais quantas palavras ainda desconhecidas, para mim. A partir daquele momento comecei a valorizar (ainda mais) o trabalho das educadoras de infância. A partir daquele momento comecei a sentir um apreço muito grande por todas vós.
Fui às escuras, é verdade. Não tive uma boa primeira impressão. Felizmente, a primeira impressão nem sempre é a mais importante. Agora, à distância, vejo que foi um dia ingrato, inglório. Naquele primeiro dia, no dia em que conheci a A. (a educadora da M.) não gostei muito dela. Agora vejo que deve ter sido um dia dificílimo para ela: estava a apresentar-se como coordenadora (pela primeira vez) de uma creche inacabada a meia dúzia de dias de iniciar (supostamente) funções, a uma catrefada de pais de primeira viagem (afinal também uso esta expressão) que também eles estavam expectantes na nova fase dos filhos. Uma primeira vez para todos. Achei a A. um tanto ou quanto "bruta". Mas dei-lhe o benefício da dúvida e "desliguei" as hormonas e descompliquei.
Os primeiros dias da M. na creche não foram fáceis. Afinal, era uma bebé de quase 2 anos que até então tinha estado aos cuidados fantásticos da avó A. Mas a tempestade passou, e de repente começamos a ouvir o nome da educadora cá em casa. O coração acalmou. E acalmava todas as vezes em que a ia buscar e ela não queria vir. Acalmava todas as vezes em que ela corria para os braços de qualquer uma de vós. Confiei-vos o meu maior tesouro na altura. Meia dúzia de meses depois, voltei a confiar-vos outro tesouro. O meu tesouro mais pequenino. O meu T.
Admiro-vos mais do que possam imaginar. Jamais conseguirei agradecer-vos por tudo o que fizeram pela minha família. Pela M. Pelo T. Por mim e pelo pai. Pelos avós. Todos estamos descansados por estarem tão bem entregues. Agora uma nova etapa se vai iniciar com a M. Espero que ela se adapte bem. Ela e eu. E o pai. E os avós. E espero, sinceramente, estar a escrever algo semelhante quando, daqui a 6 anos, ela mudar outra vez de escola. Confio que sim. Confio que esta minha princesa faz a diferença por onde passe. E que, por isso, tenha a sorte de se cruzar com pessoas especiais que consigam fazer a diferença na vida dela.
A vocês, A., D., P., L., C., e S. um MUITO OBRIGADA por cuidarem dos meus tesouros.Boas férias...

2 comentários:

  1. Palavras tão lindas e tão justas, filha! Afinal, tão tu própria! Que agradecimento merecido. Também eu já o fiz, porque a M. também é um dos meus tesouros e foi muito reconfortante sentir que ela adorou a primeira escola. Foi bem tratada, como todas as crianças e adultos merecem, cresceu muito bem estes dois anos da sua vida e leva uma boa recordação e uma boa formação para os anos vindouros, que eu espero que sejam tão felizes como estes, se não puderem ser mais ainda.

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